O pão fresco sobre o fogão esfriava; o vapor subia da sua massa agora afofada e na sua pujança esplendoroso sabor pela casa. O cheiro aguçava os sentidos e preparava para o paladar. Contudo... o fermento. Ele, o tal necessário para seu crescimento, expansão da generosa farinha de trigo, estava ali deixando-o lindo e estufado.
Seu recheio de calabresa e muçarela, acrescido de orégano, criava expectativas sobre o seu sabor. Mas.. não, seria para amanhã. De um dia para o outro, o sabor acentuado e sem predominância do fermento. Escolhas.
Pela manhã, um pouco menor, apreciado foi com um café fresco. Saborosíssimo e já em seu tamanho acomodado.
Que a alegria no reencontro matinal siga em harmonia, e que haja concordância em discordar. Se lhe vai fresco e estufado, ainda quente, ou frio e saboroso na manhã seguinte, seja sempre motivo de sorrisos.
Ao escrever, as ideias fluem e juntam-se, em profusão de pensamentos muitas vezes ausentes de sua necessária decantação. Os excessos, tais como o fermento no inchaço do pão, são retirados, amortecidos… o texto revisado, é assim, tal como o pão amanhecido. Pode ser degustado em seu real sabor, excluido os seus excessos.