Das futuras cinzas do coração, hoje apático,
Escrevi por testamento, por seu falecimento.
Se poderá ressurgir, tal a fênix? Qual épico!
Como poderei? Ao fogo da paixão queimou!
Olhei, chorei... por cacos de um sentimento;
Brisa sutil que leve, pelo ar, tudo o que restou.
Releio anotações e nelas não me reencontro;
Imagino que assim seja... às cinzas, ao vento!
O vento a soprar as cinzas...
Mas, claro! Tudo pode acontecer...
Ao vermos possibilidades, incertezas,
Riso fácil! Ainda há algo para dizer?
Se descobri o mar, é porque vi, em sua vastidão,
Esperanças que ainda levem-me a nele navegar.
Rotas variadas, continentes e culturas, a traçar;
Enquanto não antevejo rumo seguro ao coração,
Nada posso dizer além de trazer a negativa, o não!
Olhar que sorri, enquanto a alma segue, a velejar...
Às cinzas, ao vento e, claro, tudo ao mar...
Pinturas em telas e papel, fotos e literatura do artista Julio Silva. Ideias incontidas em palavras e imagens. Original e autoral. Direitos reservados ao autor.
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