064 Descobri o Mar Sereno

Das futuras cinzas do coração, hoje apático,
Escrevi por testamento, por seu falecimento.
Se poderá ressurgir, tal a fênix? Qual épico!
Como poderei? Ao fogo da paixão queimou!
Olhei, chorei... por cacos de um sentimento;
Brisa sutil que leve, pelo ar, tudo o que restou.
Releio anotações e nelas não me reencontro;
Imagino que assim seja... às cinzas, ao vento!

O vento a soprar as cinzas...

Mas, claro! Tudo pode acontecer...
Ao vermos possibilidades, incertezas,
Riso fácil! Ainda há algo para dizer?

Se descobri o mar, é porque vi, em sua vastidão,
Esperanças que ainda levem-me a nele navegar.
Rotas variadas, continentes e culturas, a traçar;
Enquanto não antevejo rumo seguro ao coração,
Nada posso dizer além de trazer a negativa, o não!
Olhar que sorri, enquanto a alma segue, a velejar...

Às cinzas, ao vento e, claro, tudo ao mar...

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