A falta que pode nos fazer alguém é uma arma apontada para a própria cabeça, quando as outras pessoas escolheram se ausentar. Ninguém é obrigado a estar próximo de outros que insistiram em oferecer o desprezo.
Expressões simples como "Tudo bem?" ou "Tudo bom?" perderam a necessidade de resposta. Ninguém está interessado em saber como você está, pouco lhes importa saber. Tanto é que, a seguir à essas perguntas, logo dizem o que querem ou, ouvem a mesma pergunta de volta e ambos deixam de saber como de fato um e outro está.
Normalizada a indiferença em relação aos outros como prática social.
Por vezes se justifica isso como "falta de tempo"... mas, a origem não explica condicionantes e tempo é um deles.
Quanto dura aquele segundo onde você cortou o dedo? Pelo tempo da dor... Quanto dura o sorriso da pessoa amada em sua memória? Pode ser uma vida.
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